É com muito prazer, e imensa alegria, que recebi o convite de Susana Rangel Vieira da Cunha para escrever esse prefácio. Um início de conversa para um livro tão potente e inovador ao apresentar um inventário de ideias a serem propostas nas escolas a partir da compreensão de cada material, e são muitos, diferentes instrumentos de trabalho, linguagens que compõem uma gramática das artes, que é artística, arteira, e convida a todos os educadores a mergulharem na sua leitura, exploração e investigação com ludicidade.
Cada verbete, uma palavra, uma explicação e inúmeras possibilidades para conhecer o seu sentido, compreender o seu potencial e fazer escolhas intencionais ao elaborar propostas significativas no cotidiano das instituições de acordo com o que o material pode, ou não, oferecer.
Glossário, dicionário, inventário, verbetes que compõem o livro que vocês têm em mãos oportuniza conexões entre a teoria e a prática pedagógica, essenciais à qualificação do trabalho do educador desde a primeiríssima infância até as séries iniciais do Ensino Fundamental, contemplando as múltiplas Infâncias.
Conhecer artistas de referência, reconhecer, identificar, experimentar, explorar, investigar, brincar com o material, apropriar-se de boas situações para compor e recompor, intencionalmente, o planejamento cotidiano são ações essenciais do educador compromissado com as aprendizagens pessoais e do seu grupo. Com certeza, essa obra será um potente referencial, que auxiliará, e muito, a pratica docente.
A Arte, como uma das linguagens de comunicação e expressão de crianças e adultos, em diálogo com o corpo, o brincar, a música, a literatura, a dança, o teatro, “a criança é feita de cem”, como dizia Loris Malaguzzi, oportuniza a criação de ambientes afetivos para todos poderem viver seus desejos e interesses, experiências imaginárias e criativas, ampliando descobertas na construção de sentidos e apropriação do mundo a seu redor.
São explicações e possibilidades que atribuem significados ao processo de conhecimento, tanto para crianças, quanto para os educadores em formação contínua no exercício da docência. Evocar suas memórias, tomar consciência das provocações que afetam cada um em particular, e serem desafiados a criar propostas a partir das convocações com que se deparam no dia a dia nas instituições a que pertencem. Com certeza, requer estudos, trocas entre os pares, registros reflexivos, documentações pedagógicas, ousadia para problematizar incômodos, não saberes, e muito encantamento para fazer-pensar-conviver com arte e desejo de fazer a diferença.
O convite está feito: usem e abusem dessa obra, completem com registros pessoais e muita criatividade, ampliando intencionalmente as práticas pedagógicas cotidianas. Como nas palavras de Anna Marie Holm, “essa história fica melhor a cada vez que é recontada”: vamos experimentar? É possível!
top of page
R$ 90,00Preço
bottom of page